Atualmente, sabe-se que a principal fonte de resistência antimicrobiana não está ligada à capacidade residual do fármaco, mas sim ao uso indiscriminado de antibióticos no que diz respeito a doses e vias de administrações. Uma antibioticoterapia inadequada além de resistência antimicrobiana, seu uso repetitivo, prolongado e excessivo pode resultar em falhas no tratamento e aumento da incidência de endometrites fúngicas, devido a alterações na microbiota vaginal, esta que acaba criando um ambiente propício para o desenvolvimento de agentes patogênicos. Um estudo realizado por Silva Filho et al. (2021) procurou avaliar os principais microrganismos isolados do útero de éguas subférteis e o perfil de resistência a agentes antimicrobianos in vitro das bactérias através de amostras de 41 éguas com histórico de subfertilidade na região Agreste do estado de Pernambuco, durante a estação de monta de 2019. As bactérias isoladas foram submetidas ao teste de sensibilidade in vitro para Amicacina, Gentamicina, Enrofloxacina, Azitromicina, Ceftriaxona, Tetraciclina, Penicilina e Ampicilina. Houve um alto índice de resistência aos β-Lactâmicos como Penicilina e Ampicilina, que pode ocorrer devido ao uso indiscriminado de antimicrobianos levando à seleção de cepas resistentes. Além disso, em casos de endometrite é comum o uso de diversos antibióticos através de infusões intrauterinas, porém, a grande maioria desses fármacos com exceção da Amicacina, não apresentam indicação para uso tópico intrauterino. Através desse estudo, 75.6% apresentaram culturas microbiológicas positivas sendo 12,9% referente a culturas de contaminação mista, que podem agravar as lesões no endométrio e dificultar o tratamento e 6,45% foram positivas exclusivamente para contaminação fúngica, sendo o Cladosporium spp. o gênero isolado. Para mais informações, segue o link com o artigo completo! Silva Filho et al. 2021
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